Os argumentos dos defensores do teísmo (teístas) são essencialmente:
Primeiro Motor Imóvel - os nossos sentidos atestam, que neste mundo algumas coisas se movem. Tudo o que se move é movido por alguém. É impossível uma cadeia infinita de motores a provocar o movimento dos movidos. Logo, há que ter um motor que deu início ao movimento existente. Deus!...
A Causa Primeira - não é possível existir algo que seja a causa de si próprio, porque, desse modo, seria anterior a si próprio: o que é impossível. É necessário então que haja uma causa primeira que por ninguém tenha sido causada. Já que a qualquer acontecimento é atribuída uma causa, não haveria nenhum acontecimento, pois cada causa pediria uma outra numa sequência infinita. Logo, é necessário considerar uma causa primeira, a que vulgarmente se chama Deus.
Ser Perfeito - verifica-se que há graus de perfeição nos seres. Uns são mais perfeitos que outros, e qualquer graduação pressupõe uma parâmetro máximo, logo, existe um ser que tenha este padrão máximo de perfeição e que é a Causa da Perfeição dos demais seres. Este ser é Deus.
Inteligência Ordenadora - existe uma ordem admirável no universo que é facilmente verificada. Ora, toda a ordem é fruto de uma inteligência ordenadora. Não se chega à ordem pelo acaso e nem pelo caos!... Logo, há um ser inteligente que dispôs o universo na forma ordenada. Logo existe algo inteligente pelo qual todas as coisas naturais são ordenadas ao fim, e a isso nós chamamos Deus.
Ser Necessário - existem seres que podem ser ou não ser (contingentes), isto é, cuja existência não é indispensável e que podem existir e depois deixar de existir. Todos os seres que existem no mundo são assim: aparecem, duram um tempo e depois desaparecem. Mas nem todos os seres podem ser desnecessários, senão o mundo não existiria. Logo, é preciso que haja um ser que fundamente a existência dos seres contingentes e que não tenha a sua existência fundada em nenhum outro ser. Portanto, é necessário afirmar a existência de algo necessário por si mesmo, que não encontra em outro a causa de sua necessidade, mas que é causa da necessidade para os outros: Deus.
Experiência - O Homem conhece Deus através da experiência da oração ou da peregrinação, e daquilo que sente quando as pratica.
A Lei Moral - é o poder de Homem distinguir o bem do mal, ou o certo do errado. Leva o Homem a evitar o mal e tentar sempre praticar o bem. Quando o Homem cumpre a Lei Moral, sente satisfação, e quando a transgride, sente remorsos. A Lei Moral é superior ao Homem, que não pode ignorá-la nem mudá-la. A lei moral exige um legislador que seja superior ao homem, e esse legislador é Deus.
Espero que comentem este post, critiquem ou apoiem estes argumentos; amanhã, será postado um novo post, com os argumentos ateístas
Estava a comentar um post, que acabaste por editar. Vou-te copiar o comentário que estava a escrever e dar-lhe continuidade:
ResponderEliminar"Olá.
É a primeira vez que venho ao teu blog, porque só hoje a professora de filosofia nos deu conhecimento dele. Começo por apresentar-me, sou o Tomás Pinheiro do 11ºI.
Dos meus comentários podes esperar muita critica! Mas espero que sirva para te ajudar a desenvolveres o teu raciocínio (e espero que não leves a mal).
Primeiro: começo por apontar o facto de teres um post extremamente extenso, o que dificulta, e muito, a leitura.
Segundo: ainda não percebi muito bem o objectivo do blog, mas, sendo o que penso que seja, apresentares a tua opinião sobre este COMPLEXO tema, acho que não devias colocar aqui tanta teoria sobre o teismo e ateismo. Tenta resumir, dando uma ideia breve sobre o que cada um significa, e expressa-te sobre isso. De qualquer forma, não ignores essa informação que possuis, porque, apesar de importante, ainda te vai servir para um possivel ensaio.
Terceiro: tenta manter ao máximo o espírito critico e argumentativo, e não tanto informativo. É mais importante a tua opinião, do que os mais infimos detalhes sobre algo que queiras defender.
Por fim, e para não dar só recomendações, quero felicitar-te pela excelente ideia que tiveste ao criar um blog, continua a expressar a tua opinião que eu, pelo menos, estarei cá para ler.
Tomás."
Parece que te antecipaste ao meu comentário, tornaste o teu blog menos maçudo com teoria, tornando-o mais facil para ler e compreender.
De facto foi uma coincidência engraçada.
ResponderEliminarAgradecemos imenso o comentario (sim, somos mesmo 3) e fico extremamente contente de saber que irás continuar a frequentar o blog.
De facto, pensei também que aquele post era um exagero e decidi reduzir.
O grande o objectivo do nosso blog é lançar a discussão de temas que nos intrigam e ao mesmo tempo nos fascinam.
Por outro lado, também teos umas pequenas lufadas de ar fresco com post de comédia, para não tornar o blog demasiadamente pesado, mas o objectivo cenbtral do blog é de facto a discudssão e opinião pessoal, e a sua difusão e comparação com a dos outros que nos rodeiam.
Fico bastante feliz que os teus comentarios sejam críticos, porque o espírito é mesmo esse...
Obrigado pelos conselhos e pelo apreço!...
mais uma vez está bastante interessante!
ResponderEliminargostei!
Aninhas
P.S: hoje esta muito muito pobre mas não dá para muito mais!
Boas!
ResponderEliminarA turma do 11ºI foi hoje informada deste blog. Tendo alguns de nós já efectuado alguns trabalhos relativamente a este tema, esperamos ser capazes de vos ajudar na resolução deste problema. Como diria o prof. António Mendes: "Se forem capazes de resolver esta questão, serão detentores do Prémio Nobel."
Antes de qualquer avanço, penso que deverão esclarecer de forma adequada aquilo que realmente pretendem provar ou desmistificar. Qual o vosso conceito de Deus? Procuram a existência de uma entidade criadora e reguladora do Universo ou apenas causa de tudo o que existe, estando desprovida de qualquer acção no nosso mundo?
A ideia associada à existência de Deus varia de pessoa para pessoa e dar início a um debate que procura responder a todos os conceitos existentes é algo inconcretizável. Recomendo, portanto, que definem claramente aquilo que realmente pretendem esclarecer.
De qualquer forma, esta temática intriga a mente humana dada a inexistência de provas empíricas, pelo menos a meu ver, que comprovem a existência ou inexistência de Deus. Todos acreditamos naquilo que se apresenta diante de nós de forma aparentemente inegável. No entanto, teremos sido alguma vez confrontados com a presença, ou acção de Deus?
Levantam-se, agora, novas questões às quais poderão optar por responder.
Em breve, acrescentarei alguns textos que vos poderá ajudar um pouco mais no desenvolvimento deste debate. Enquanto isso, bom trabalho!
Esqueci-me de referir o mais importante no meu ultimo comentário:
ResponderEliminarEu não pertencia a esta turma o ano passado, e, como tal, não fiz nenhum ensaio. Vou tentar enquadrar-me no tema, ler mais sobre este problema, e tentar-vos ajudar ao máximo, com os conhecimentos que já possuo.
Como tal, ainda não posso assumir nenhuma posição, e não quero atirar nada À sorte, porque isso seria-vos inutil.
Ate breve.
Fico sinceramente feliz por começarmos agora a ter uma série de comentários mais críticos e de maior intervenção...
ResponderEliminarAgradeço aos novos visitantes (na verdade, todos são novos, já que o blog nem 1 semana tem...) a participação que estão a ter.
Quantos ás questões levantadas pelo comentador anterior, a quem agradeço o comentário, pretendo ser o mais objectivo possivel em poucas palavras (o que será difícil...)
Ora bem... o conceito de Deus que damos como 'provado', e, por outro lado, aquele que nos propomos a discutir estão definidos no anterior post 'Deus: realidade, ideal ou inexistêcia?', que é uma espécie de introdução ao debate. Este post, apesar de ser o início de um debate que deverá demorar mais alguns dias, foi já bastante visitado e comentado, e deu para perceber o 'ponto inicial' em que nos encontrávamos... basicamente, a opinião inicial das pessoas, antes de uma análise mais profunda (dentro dos possíveis e limites de tempo) sobre o tema. Já agora, é da entidade criadora do Universo, como um ser transcendente vivo, pessoal, controlador do Mundo, eterno, omnipotente, omnipresente e omnisciente que nos propomos a discutir. Basicamente, a visão de Deus pelas principais religiões, nomeadamente o Cristianismo e o Islamismo.
É minha intenção visitar amanhã, Dia da Escola, a exposição de trabalhos que julgo serem vossos precisamente sobre este tema.
Gostaria de agradecer á professora Clara (Filosofia) pela difusão que fez do nosso blog e os excelentes 'comentadores' que nos acrescentou.
Agradeço então que continues a visitar e comentar o blog, e agradeceria imenso se nos disposesses então esses textos que poderão ilucidar-nos sobre algumas destas questões...
P.S.: Não me importava nada de receber o dito Nobel (não pelo prémio em si, mas pela descoberta!...)
eduardo... se kiseres eu krio um premio de nome " Fernandes " é o meu apelido tal como o do Alfred era Nobel,.. quem disse k eu também não poderia fazer um,... pronto,.. o meu ja ganhaste!! ou ta kuase...
ResponderEliminaro blog vai de vento em popa,... com kuase uma semana de existencia e ja comta com um aglomerado de pessoas, na maioria alunos, completamente integrados e interssados nestes temas de dificil, ou não, discussão/ debate
bamus em frente!!
Este comentario nao é sobre este post mas sim sobre o blog!
ResponderEliminarAxo q é um blog excelente!!!
continuem axim por mt mt tempo...
bjo
Vou ter que discordar com o tomás. Acho que é tanto importante a informação como a opinião pessoal. Mas os dois, claro, de forma equilibrada.
ResponderEliminarDa minha turma - 11ºA - muitos ainda não sabem da existência do blog, mas se quiserem que passe a mensagem, digam!
De facto, Katarina, agradeceria imenso se pudesses fazer passar a mensagem da existência do blog... Isso seria importante para o alargar dos visitantes, e comentadores do blog!...
ResponderEliminarFinalmente, aqui vai a minha opinião...
ResponderEliminarEu considero que, nestes argumentos teístas, existem de facto alguns que quaase me convencem, e outros que na minha opinião serão facilmente refutados...
O primeiro motor imóvel para mim não tem muita muita lógica... e a que tem, tem para mim uma resposta bastante mais fácil que a existência de Deus: algo a que vulgarmente chamamos de Big-Bang. Não sabemos, de todo, o que aconteceu antes do big-bang, mas para mim, esse é o motor imóvel, que é aceite globalmente na comunidade científica... Ora aqui está uma teoria teístas a ser confrontada pela Ciência... já me estou a antecipar... mas enfim!...
Quanto á primeira causa,eu não concordo que as coisas têm que ter uma causa. Se eu me mexo, se eu decido ir passear, almoçar fora, ou ou ir á praia, não tenho que ter uma causa 'extra-mim' para o fazer. Faço-o porque me apetece, ou acho que devo fazer...
o Ser perfeito, pra mim, é a prova viva de que Deus existe, sem dúvida, como ideal, mas nada deste argumento me leva a crer que exista como um ser.
A inteligência ordenadora, também será facilmente refutada pela Ciência: são as forças gravitacionais e de atracção entre os cosmos que permitem a ordem do Universo...
O ser necessário... bem, eu sou apologista de que todos os seres são necessários, seja para manter um ecossistema, a sobrevivência de uma espécie, ou até o nosso próprio alimento, por isso não posso comentar directamente este argumento.
O argumento da experiência é mais uma prova da existência de Deus como, pelo menos, um ideal. Mass não vejo como prove a existência de Deus como em Ser sobrenatural...
O argumento da Lei moral, foi aquele que mais me fez pensar... E eu e facto penso que Deus, bem como as religiões, têm um papel mutio importante neste campo: de facto incutem nas pessoas valores muito importantes, que, de certa forma, carregam a consciência de cadsa indivíduo. No entanto, depois de muita reflexão, concluí que hoje o ser humano tem autonomia e livre arbítrio, coordenado com o sentido de responsabilidade (o que falta infelizzmente a alguns) para reflectir naquilo que faz independentemente da existência de uma Deus. Mais uma vez considero, no entanto, que esta é uma prova da existência de Deus como um ideal, que de facto influência o mundo em massa.